terça-feira, 30 de março de 2010

Tecnologia Regressiva

O mau uso de novas tecnologias é tema de muitos debates em congressos de comunicação e sistemas de redes, pois pode ser considerado um agravante do século.
Atualmente, é comum vermos crianças trocarem brinquedos por jogos eletrônicos. Elas passam a maior parte do dia jogando videogames ou na frente do computador, isso retarda o desenvolvimento do pensamento crítico e imaginário. Um artigo assinado por João Pereira e publicado no site pensamento crítico, exemplifica a lavagem cerebral que os jogos fazem nas crianças, chamadas até então de “futuro da nação”. Ele diz o seguinte: “Tomemos o exemplo de uma história de encantar na qual um príncipe tem de salvar a sua princesa para viverem felizes para sempre. Enquanto que o conto explica porque é que a princesa foi raptada ou presa na torre, como é que a princesa é física e/ou psicologicamente, se transformarmos essa história num jogo, os pormenores da história são desprezados e o que interessa é só atingir o objetivo de salvar a princesa”. Há quem diz que os jogos são bons para desenvolver capacidades criativas, mas como ser criativo e inovador quando se está alienado.net? Ops! Esse é um site de jogos infantis. Por outro lado, as pessoas precisam trabalhar e outras precisam de lazer, logo, os responsáveis pelo “futuro da nação” não são vocês inteligentíssimos criadores de jogos e sim vocês papais ou quem sabe podemos chamá-los de “presente da nação”, que constituem a primeira grande instituição social: a família. Já que estou falando de família, vamos regredir de futuro para presente, da nação é claro. Nós (adultos) também vivemos alienados às novas tecnologias, afinal, quem não quer ter um celular touch screen, ouvir músicas enquanto está no ônibus, na academia ou simplesmente enquanto faz uma caminhada? Quem nunca experimentou messenger, orkut, facebook e agora o twitter? Pois é, essas novas ferramentas abriram um novo espaço para a comunicação com o intuito de unir pessoas distantes, mas a verdade é completamente outra. Não preciso nem ir longe, tiro o exemplo de casa mesmo, a maioria das vezes em que comunico com a minha irmã é via e-mail, normal, se ela não morasse na mesma casa que eu e se nosso quarto não fosse separado somente por uma sala. Há comunicação? Sim, há. Mas e onde fica a primeira instituição social? Ah, talvez isso seja coisa do passado.

Taise C.